sábado, 21 de março de 2009

Biografia - Parte 3 Escritor

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Padre Zezinho era ainda menino quando enveredou pelo campos da poesia; No seminário compôs até um poema épico. Os versos brotavam-lhe facilmente, as pessoas os declamavam, encantadas. Eram ensaios para o que viria depois. E o que veio depois foi uma longa série de livros, o primeiro foi publicado quando já era padre, em 1970, na mesma época em que lançou o primeiro disco. Entregou-se em seguida à tarefa de escrever um catecismo para os jovens de sua paróquia. Eram apostilas de cunho didático, que acabaram por cha­mar a atenção de um número crescente de pes­soas. Lançado sob a forma de livro, Alicerce para um mundo novo transformou-se num espetacular best-seller, presente nas livrarias por mais de 15 anos. Foi retirado de circulação a seu pedido. Ele sempre revê sua linguagem.



Começou então a escrever livros vivenciais. Diga ao mundo que sou jovem, O agitado coração ado­lescente, A paz inquieta de Maria Helena, Um coração que seja puro, O direito de ser jovem — são de quarenta títulos só de uma coleção que enfoca os dramas da adolescência e apresenta os princípios de vida moral e a catequese da Igreja; outros vinte discutem vários temas de interesse geral para a família. Muita gente pode dizer que se educou, e educou seus filhos, nos livros de pa­dre Zezinho.

O sucesso, como sempre, rompeu fronteiras. Os livros foram publicados na Colômbia, Vene zuela, Argentina, Portugal, Espanha, Estados Uni­dos, França. Um sinal inequívoco de que seus te­mas tocam o coração do homem de hoje, esteja onde estiver.
Os anos de sacerdócio, o convívio intenso com pes­soas de todas as idades e grupos sociais e o interesse de ouvir e compreender o outro talvez expliquem tamanha facilidade para falar sobre as dú­vidas e as inquietações do homem moderno.

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As obras nascem quase que espontaneamente, de onde menos se espera: às vezes uma frase solta, um verso perdido podem dar origem a um livro; às vezes, surge primeiro o título, e em função dele desenvolve-se o conteúdo. Mas se a inspiração vem rápida, o trabalho sobre ela pode demorar: a ideia inicial do livro Orar e pensar como família nasceu juntamente com a canção Oração pela família mas a obra só foi concluída nove anos depois. O livro Católicos serenos e felizes - elaborado a partir do desejo de escrever sobre um catolicismo sereno, equilibrado — levou quinze anos para ser escrito.



Em pouco tempo, as atividades de escritor dês dobraram-se. Surgiram as crónicas, as colunas em jornais e revistas, os roteiros para programas de rádio. Ao mesmo tempo, continuavam as exigências da vida religiosa e de seus incontáveis compromissos. Assoberbado, padre Zezinho parou de es­crever livros por cinco anos.
Foi uma pausa, não um fim ou um distanciamento do ofício. Durante esse período, ele revelou muitos outros escritores: cerca de dez novos e jovens talentos foram descobertos por ele - gente como Carlos Afonso Schmidt edom Murilo Krieger, arcebispo de Maringá, entre outros.
Hoje, Padre Zezinho retomou seus projetos editoriais, serão no total, 88 livros lançados até o fim de 2009. Ele, mais do que ninguém, sabe que escrever é semear. Entre o leitor e o livro há uma intimidade única, uma relação de intensidade especial. Por isso, são tão bem-vindas suas obras: porque são capazes; como poucas, de formar e transformar.


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