quinta-feira, 9 de julho de 2009

Artigo - AO PAÍS DOS MEU SONHOS (novo CD)


Acabo de escrever, musicar, compor e gravar mais um CD: "Ao país dos meus sonhos”. Estará nas lojas em poucos dias. Permitam-se este marketing. Já havia escrito doze das quinze canções do CD que será ecumênico, ecológico e sócio-político, com duas ou três eventuais canções litúrgicas. Apenas acrescentei mais três, assim que li os textos da Campanha da Fraternidade deste ano.

Não apenas quero, tenho que estar em consonância com a Igreja que me ordenou sacerdote. O que faço deve ser repercussão do que dizem os bispos ou o papa. Em Aparecida falou-se de um projeto missionário de aprendizado. Vem agora, a CNBB e, na Campanha da Fraternidade deste ano, nos diz que temos que ser aprendizes e mestres da paz, a começar em nossa casa, nas escolas, nas igrejas, na mídia e onde quer que haja pessoas que sabem que podem fazer a diferença entre as Sextas Feiras Santas do povo e seus Domingos de Ressurreição.

No “Ao país dos meus sonhos”, a canção carro chefe tenta dizer o que disse a CNBB no texto chave da Campanha. Meu grupo canta comigo:

Quero de volta o país dos meus sonhos,/ Mais cheio de rostos risonhos,/De volta o país da esperança/ que eu conheci em criança/ De volta o país solidário? De vizinhos que se conheciam/ Vizinhos que se reuniam Vizinhos que se protegiam...

Para quem pensa que criei do nada as mais de 1800 canções ou artigos que já publiquei é bom lembrar que busco meus subsídios no que dizem o papa ou os bispos reunidos. Os bispos do Brasil estão dizendo que as raízes do medo e da violência que aqui se instalou estão na injustiça que se institucionalizou, nas leis que não punem os culpados e não protegem as vítimas, na má distribuição da renda, na perda do sentido de pessoa, em projetos pessoais que chegam a ser cruéis, de tão individualistas que são, no abandono da família e em outras perdas e afastamentos cruéis que geram monstros e monstruosidades.

O país que, com outras igrejas, outros religiosos, outros grupos de serviço e de cidadania sonhamos é um Brasil educado para a convivência e para a paz. Somos daqueles que acreditam que a paz vem do céu, mas não cai em nossas mãos toda vez que a pedimos. Antes, é ela como planta cuja semente o céu nos dá mas, que se não for semeada, plantada, irrigada e bem cuidada não dará nem flor, nem fruto. Estamos sentindo, no Brasil de agora, o preço da paz que nos esquecemos de irrigar.
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José Fernandes de Oliveira
PADRE ZEZINHO, SCJ
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23/06/2009

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