sábado, 22 de dezembro de 2012

Padre Zezinho gravando um novo disco

Talvez esta seja a última notícia deste ano no nosso blog. Padre Zezinho está em estúdio gravando um novo CD.
Não existem maiores informações sobre o novo trabalho, mas isso atesta a grande melhora do padre depois de ter sofrido um pequeno AVC pouco tempo atrás.
Ao que tudo indica, o novo trabalho será lançado apenas em 2013

Exceção

Desde que começou sua carreira musical oficialmente em gravadoras em 1968/69, Padre Zezinho nunca deixou de lançar um LP, compacto ou CD, sejam eles narrativos ou musicais, ou composições e CDs produzidos por ele para outros músicos... 2012 será uma exceção.

Recuperação

Apesar disso, é um grande alívio perceber que a melhora do padre tem sido contínua e rápida; a prova disso foi o livro "Ser um entre bilhões" lançado há dois meses, quando ainda estava em repouso.


 Foto: Padre Zezinho nos estúdios Paulinas COMEP (Fonte: Paulinas no FaceBook)










A todos um Feliz Natal!

terça-feira, 23 de outubro de 2012

Novo Livro do Pe. Zezinho: "Ser Um Entre Bilhões"




Mesmo com todos os acontecimentos dos últimos dias, em que Pe. Zezinho sofreu um AVC e se recupera bem, as Edições Paulinas lançaram esta semana o novo livro de autoria dele: "Ser Um entre bilhões".




Nesta obra, Pe. Zezinho desmistifica a importância do primeiro lugar, por isso sugere a alter-ajuda. O ser humano é chamado não apenas a ajudar a si mesmo, autoajuda, mas a ajudar ao outro, alter-ajuda, sair de si para cuidar do outro. O tema alter-ajuda sai do lugar comum que já tomou os vários livros de autoajuda. O autor faz um convite a sairmos de nós mesmos em diversas situações do dia a dia, deixando assim um "espaço" para o outro. É um convite à prudência e à percepção do outro. Não precisamos esmagar ninguém para conquistarmos o nosso lugar, mas somos chamados a viver em sociedade, respeitando a dignidade de cada um e buscando dar espaço a quem não tem. Para isso é necessário ascese e viver a mística da alteridade. Ao tratar sobre o tema da exposição na mídia, o autor afirma: "Sem negar os valores da constante atualização da pregação, o livro questiona simbolicamente o volume dos alto-falantes dos templos, as cornetas que obrigam toda a rua a ouvir o novo pregador, os holofotes que enchem de luz o pregador que nem por isso se mostra mais iluminado. O livro alterna-se entre o aplauso e o questionamento. Ao púlpito sobe-se e dele se desce, refletindo. Pregar, mais do que projeto pessoal, é graça de Deus e convite da Igreja". Os outros temas abordados, você descobrirá ao ler as páginas deste livro.   




Aqui vai uma canja do livro. Um pequeno trecho publicado no site oficial:

O Peso do ser eu mesmo

Posso ser pequeno e quase insignificante, mas não sou insignificante. Tenho meu peso. Eu significo, até mesmo quando não pareço pesar. E sou tanto mais significante quando mais aumento minha capacidade de resposta. Todo grão de areia tem seu peso. Eu, que sou um entre bilhões de humanos tenho o meu peso, você tem o seu, cada um de nós tem seu pondus. Por isso quando respondo e pondero, mostro meu peso. Quando uso de minha capacidade de ponderar e respondo começo a fazer a diferença. Deixo de ser número para ser agente de transformação.
Comparado ao peso da Terra, o grão de areia não é muito, mas ele é ponderável, pode ser pesado e junto a outros grãos pode mudar o fiel da balança. Até o Criador, ao nos criar, dotou-nos da capacidade de ponderar, responder, dizer sim ou dizer não. Não flutuamos no existir. Não somos seres etéreos. Temos nosso peso no chão em que pisamos, chão do qual fazemos parte.
Por isso, educar é ensinar a ponderar, a ter consciência do nosso peso, a suportar os nossos pesos, a responder e a corresponder. Família, escola, igrejas que não ensinam a ponderar falham na missão. Quem cria filhos, alunos ou crentes instintivos que deixam para os outros, principalmente para Deus a tarefa de ponderar, cria tiranos, fanáticos ou dependentes. Por isso diz Lucas que Maria ponderava… Elaborava o que via e guardava no coração. Era mulher de peso. Respondeu. Guardou a Palavra e a pôs em prática. Não é sem razão que os católicos acentuam o “sim” de Maria. Jesus a elogiou por isso. Não foi por seus seios e por seu ventre. Foi por sua ponderação e capacidade de responder. Ela sabia do seu peso e do seu lugar na História do Cristo. É o que se lê no Canto de Maria.
Mas Maria guardava todas estas coisas, ponderando-as em seu coração. (Lucas 2,19)
E aconteceu que, dizendo ele estas coisas, uma mulher dentre a multidão, levantando a voz, lhe disse: Bem-aventurado o ventre que te trouxe e os peitos em que mamaste. Mas ele disse: Antes bem-aventurados os que ouvem a palavra de Deus e a guardam. ( Lc 11,27-28)
Todo aquele, pois, que escuta estas minhas palavras, e as pratica, assemelhá-lo-ei ao homem prudente, que edificou a sua casa sobre a rocha; E desceu a chuva, e correram rios, e assopraram ventos, e combateram aquela casa, e não caiu, porque estava edificada sobre a rocha. (Mateus 7, 24-25)

Eis aqui a serva do Senhor. Aconteça em mim o que diz a tua mensagem. ( cf Lc 1,38)
Maria é modelo para um católico que se sente um entre bilhões. O canto a ela atribuído, ainda que seja no seu todo muito semelhante ao de Ana de Elcana, mãe de Samuel, o canto mostra como a mãe de Jesus exerceu a auto- estima, sem cair em estima excessiva de si.
46 Disse então Maria: A minha alma engrandece ao Senhor,
47 E o meu espírito se alegra em Deus meu Salvador;
48 Porque atentou para a pequenez de sua serva; pois eis que de agora em diante todas as gerações me chamarão bem-aventurada,
49 Porque em mim fez grandes coisas o Poderoso; Seu nome é santo.
50 E a sua misericórdia é de geração em geração Sobre os que o temem.
51 Com o seu braço agiu fortemente; dispersou os soberbos e desmascarou-os mostrando o que eles pensam.
52 Depôs os poderosos dos tronos e elevou os humildes.
53 Encheu de bens os que tinham fome, e despediu os ricos de mãos vazias.
54 Auxiliou a Israel seu servo, Recordando-se da sua misericórdia;
55 Como falou a nossos pais, Para com Abraão e a sua posteridade, para sempre.
56 E Maria ficou com ela quase três meses, e depois voltou para sua casa. ( Lc 1,46-56)
Maria comunicou-se, entendeu o peso que lhe punham nos ombros e correspondeu.
 

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domingo, 7 de outubro de 2012

Visita ao Pe. Zezinho! - Por Irmã Míria Kolling




É meio-dia deste 5 de outubro de 2012, sexta-feira. Eu, já sentada no ônibus da Pássaro Marrom, que me leva de volta a São Paulo, após a visita feita ao Pe. Zezinho, nesta manhã, procuro registrar nosso feliz encontro, para partilhar com os amigos. Não caibo em mim de alegria, por vê-lo feliz, bem disposto e cheio de esperança. Ele repousa “no seu costumeiro quarto”, junto ao Hospital Antoninho Marmo, das Pequenas Missionárias de Maria Imaculada, em São José dos Campos, muito bem cuidado pela sobrinha Débora e Irmã Mirian, acompanhado pela fonoaudióloga e alguns médicos. Estava mesmo fazendo exercícios com a fonoaudióloga, quando lá cheguei (hora marcada, às 10h30min). Ele me recebeu alegre, com um sorriso aberto: “Chegou ela!” Perguntaram-lhe: ela quem? Quem é essa?... Prontamente respondeu: “Essa é a Irmã Miria”. Lembrou meu nome, o que é excelente sinal de melhora. Fiquei ainda mais feliz por vê-lo se recuperando, melhor do que eu esperava, louvado seja Deus! De Notbook nas mãos, treina e pronuncia as palavras, escreve e prepara seu novo livro “O púlpito que dói.” De que trata? – pergunto-lhe. Ao que responde: É sobre as reflexões homiléticas dos nossos padres, que devem tratar da Palavra de Deus, do Evangelho, sem se distanciar...” Contou-me com detalhes como tudo aconteceu naquela quarta-feira de 19 de setembro, quando voltou de viagem cansado, mas ainda foi trabalhar e preparar uma entrevista. O que lhe agravou o problema é a diabetes, que exige cuidado e disciplina, coisas que aliás não lhe faltam. Grato a Deus e consolado, dizia: “ A isquemia afetou apenas o meu lado esquerdo do cérebro, o das palavras e da memória. O direito, que é o da arte, da criatividade e da música, está perfeito.” Comparando sua situação de hoje com os dez primeiros dias, quando não lembrava mais de nada, ele se percebe ótimo, melhorando gradativamente... Um processo longo, recuperação lenta, mas acontecendo de modo muito satisfatório, graças ao seu otimismo, disciplina, hábitos saudáveis, notávelpaciência e incondicional colaboração. Percebe-se sensível melhora a cada dia! Por enquanto, até o final do ano, não poderá assumir shows, mas ficar longe, em repouso... Serão talvez ainda uns 2 meses de tratamento intenso, para recuperar a fala e a memória. Às vezes as palavras demoram a ser lembradas ou lhe fogem; está reaprendendo a dizero nome das coisas, das pessoas, ora lembradas, ora esquecidas. “Aprender é comigo mesmo”, completa Pe. Zezinho, em sua humildade e simplicidade, sabedoria e confiança em Deus! Quando lhe falei dos lugares por onde andei nessas duas últimas semanas, sobretudo Mozarlândia, no interior de Goiás, e Juazeiro do Norte, no Ceará, e de quanto o povo reza e pergunta por ele; de que o visitava em nome de todos os que lhe querem bem e cantam suas músicas, ele agradeceu sorrindo: “Sou grato a todos, pela amizade e pelas orações. Preciso, eu mesmo, reencontrar as palavras e despertar a memória que me fugiu. Mas se Deus quiser, com tantas preces, chegarei lá... Já estou melhorando bem.” Ajudou-me a cantar “Deus é bom”, CD que lhe levei de presente. A foto que tiramos juntos foi com sua permissão: ele mesmo escolheu o melhor lugar, no jardim. Também registrei a presença de Irmã Mirian e a sobrinha Débora, que o acompanham de perto e cuidam de tudo com carinho. 


 Posso dizer que meu coração exultou de alegria ao vê-lo com brilho nos olhos e sorriso nos lábios, abrindo os braços para me acolher. No abraço que nos demos, eu tive presente cada amigo, todos os que lhe querem bem e rezam cantando suas canções, e que gostariam também de estar com ele naqueles privilegiados momentos. Partilho com vocês, povo de Deus, amigos nossos, do canto e da música, este encontro abençoado, para que também se alegrem, continuem rezando e confiando a Deus nosso cantor e poeta maior! 


Irmã Miria T. Kolling

São Paulo, 5 de outubro de 2012.

sábado, 6 de outubro de 2012

Minha visita ao Pe. Zezinho



 Joãozinho, scj fala em seu blog, da visita que fez ao Pe. Zezinho após o AVC. 

Minha visita ao Pe. Zezinho, scj 

Muitas pessoas me perguntam como está a saúde de Pe. Zezinho, scj, que na semana passada sofreu um AVC isquêmico provocado pela diabetes. Hoje tive a oportunidade de visitá-lo. Encontrei-o forte e bem disposto. Seu ânimo está ótimo, apesar de conviver com alguns limites que ficaram do acidente vascular que sofreu. Naturalmente isso exige que ele permaneça sob atenta supervisão médica. As visitas estão restritas para que ele tenha condições de repousar e seu organismo encontre os caminhos naturais para compensar as habilidades que ficaram comprometidas. E quais seriam exatamente estes limites? O AVC não atingiu nenhuma função motora. Pe. Zezinho se movimenta e alimenta normalmente. 

Porém, não poderá dirigir por algum tempo e deverá, por prudência, andar acompanhado. Imagine que ele percebeu que algo estava acontecendo quando dirigia pelas ruas de São Paulo. Um confrade ao perceber isso o levou imediatamente para os médicos que o acompanham há anos, em São José dos Campos. Pe. Zezinho permanece com sua habilidade e incrível criatividade musical inalterada. Está compondo belas melodias. Mostrou-me uma delas assoviando. Gravei. Sua maior dificuldade é pronunciar algumas palavras e articular as frases com a habilidade que conhecemos deste que é reconhecidamente um dos maiores comunicadores da Igreja Católica. Tem progredido na superação deste limite. Mas só o tempo poderá dizer a velocidade da recuperação. Sua leitura é lenta, mas compreende exatamente o que lê. 

Fala com coerência de ideias mas não é capaz de cantar de memória nenhuma de suas canções. Difícil imaginar que algum católico não cante decor “Maria de Nazaré”. Pois o autor da canção neste momento não tem condições de fazer isso. Outro limite bastante curioso é que ele lembra de todas as pessoas e sabe exatamente quem são e o que fazem, mas não é capaz de lembrar seus nomes. Durante todo o tempo em que estive com ele não pronunciou meu nome. Aos poucos este lapso de memória parece estar sendo superado. Perguntei se ele está tendo novas e geniais ideias, dessas que diariamente partilha comigo e com outros confrades. Ele me falou de uns cinco projetos novos e de coisas que pensou nos últimos dias. Mas não consegue digitar nada disso em seu computador. Mais um limite. Ele mesmo interpreta este momento como sua participação na cruz de Cristo. 

Fiquei edificado pela coragem e determinação como que ele enfrenta tudo isso. Em nenhum momento manifestou tristeza ou lamento. Seu horizonte continua sendo a esperança. Foi ferido em um ponto do tamanho da cabeça de um alfinete em seu cébrebro, mas seu coração continua do tamanho do mundo, como sempre. Ao final da visita fiz um teste. Estou devendo vários capítulos de um livro que estamos escrevendo juntos. A parte dele está pronta. Perguntei se eu estava devendo alguma coisa. Ele respondeu de supetão: “Vê se escreve logo os capítulos que você prometeu que os meus estão prontos”. Esqueceu os nomes, mas lembra muito bem das dívidas! 

Por Pe. Joãozinho, scj

terça-feira, 25 de setembro de 2012

Nota de agradecimento das Edições Paulinas

Nota de agradecimento das Edições Paulinas no Facebook aos que rezaram e torceram pela recuperação do Padre Zezinho:


segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Após AVC, Padre Zezinho tem alta médica e deixa hospital

Religioso deixou o hospital no último domingo (23).
Ele ficou cinco dias internado no Pio XII em São José dos Campos.

Do G1 Vale do Paraíba e Região

Padre Zezinho (Foto: Divulgação / Assessoria) 
Padre Zezinho continua recuperação após sofrer
um leve AVC. (Foto: Divulgação / Assessoria)
 
Após sofrer um leve AVC e ficar internado por cinco dias, o escritor e cantor Padre Zezinho, de 71 anos, recebeu alta médica do Hospital Pio XII em São José dos Campos.

De acordo com a assessoria da unidade médica, o paciente apresentou boa evolução clínica, já mostrando sinais de recuperação e foi liberado no último domingo (23).

Ainda segundo o hospital, os exames realizados não mostraram alterações significativas e o estado de saúde é estável, com melhora progressiva.

Segundo o reitor do Conventinho da Congregação dos Padres do Sagrado Coração de Jesus, Padre Marcelo Alves dos Reis, Padre Zezinho segue em repouso absoluto em uma casa que pertence à Congregação das Pequenas Missionárias de Maria Imaculada, em São José dos Campos.

Ele está proibido de desenvolver suas atividades religiosas enquanto estiver se recuperando e não recebe visitas, apenas tem o acompanhamento de uma enfermeira e de um padre, que dorme no local todas as noites. Ainda de acordo com o reitor, o religioso está andando e se alimentando normalmente e tomando medicamento para evoluir na recuperação.

Notícia do G1

sábado, 22 de setembro de 2012

Membro de congregação diz que Padre Zezinho apresenta melhora

Notícia do site G1

Escritor e cantor continua internado se recuperando de um leve AVC.
Novo boletim médico deve ser divulgado na segunda-feira (24).

Do G1 Vale do Paraíba e Região

Padre Zezinho (Foto: Divulgação / Assessoria) 
 Padre Zezinho continua recuperação após sofrer
um leve AVC. (Foto: Divulgação / Assessoria)
 
O escritor e cantor, José Fernandes de Oliveira, conhecido como Padre Zezinho, de 71 anos, continua internado no Hospital Pio XII, em São José dos Campos, tratando de sua recuperação. O religioso sofreu um leve AVC na última quarta-feira (19), no local onde mora, em Taubaté.

De acordo com a assessoria da unidade médica, o quadro do paciente é estável. O resultado dos exames neurológicos realizados durante a semana serão analisados e ainda não há previsão de alta. Um novo boletim médico deve ser divulgado na segunda-feira (24).

O G1 conversou com um dos membros da Congregação dos Padres do Sagrado Coração de Jesus, que esteve com Padre Zezinho neste sábado (22). Ele disse que a melhora do sacerdote está sendo positiva, que ele está consciente, lúcido, e conversando normalmente, além de apresentar os movimentos.

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Mais notícias sobre o estado de saúde do Pe. Zezinho


Padre Zezinho é submetido a exames e cancela shows em Natal e Mossoró.


Os shows que o Padre Zezinho faria neste fim de semana no Rio Grande do Norte foram cancelados. A confirmação ocorreu hoje (20), depois que o padre teve que ser submetido a uma bateria de exames para averiguar o motivo de um forte mal-estar na noite de ontem (19), em Taubaté (SP), onde mora. Ainda não há o diagnóstico sobre o problema que teve o padre-cantor.




Padre Zezinho cancelou shows após suspeita de AVC.

Com 71 anos de idade, diabético e com problema de pressão alta, Padre Zezinho mantém agenda agitada. Além das atividades como cantor, o sacerdote também produz artigos semanais, programas de rádio, TV e escreve livros. Ontem à noite, em conversas com amigos, Padre Zezinho passou mal. Ele não conseguiu pronunciar algumas palavras simples e estava esquecendo de coisas básicas. "Ele não estava falando coisa com coisa, aí percebeu que precisava ir ao médico com urgência", explicou o músico Beto, que acompanha Padre Zezinho nos shows há 16 anos.


Depois de ser atendido por um médico em Taubaté, ele foi deslocado para São Paulo, onde realizou diversos exames e, na volta a Taubaté, ficou definido que ele precisaria ficar em repouso absoluto e internado. Ainda não há o diagnóstico sobre o problema que acometeu Padre Zezinho e, por isso, ainda serão realizados novos exames. "Não sou médico e não sei o que aconteceu, mas ele trabalha muito. Acho que ele teve algum tipo de estafa, não sei. Só sabemos que foi recomendado repouso absoluto", explicou Beto.



O Monsenhor Lucas, que estava à frente da organização dos shows que Padre Zezinho faria em Mossoró, no sábado (22), e em Natal, domingo (23), lamentou o problema, mas disse que a saúde do padre deve estar em primeiro lugar. Como a festa seria beneficente, em prol da construção do Mosteiro das Irmãs Carmelitas em Emaús e do Mosteiro das Clarissas, em Mossoró, Monsenhor Lucas fez um apelo para que as pessoas que já haviam adquirido os ingressos, não cobrem o dinheiro de volta. "Como é uma ação beneficente, gostaria de pedir esse gesto das pessoas que queriam ver o show do Padre Zezinho, mas que também queriam ajudar na construção do mosteiro", explicou.


 Fonte: Jornal Tribuna do Norte

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Padre Zezinho sofre AVC e está internado

Infelizmente cheguei do trabalho no dia de hoje, e recebi esta triste notícia através de um amigo. As imagens abaixo são do informativo das Edições Paulinas no Facebook:















Veja também MATÉRIA DO SITE G1.GLOBO.COM

 Agora é esperar e fazer orações para que Pe. Zezinho saia dessa sem sequelas. Que Deus esteja com ele.

sábado, 18 de agosto de 2012

Show em Mossoró - RN

Postagem a pedido das Irmãs Clarissas.



Convite:

"Caríssimos Irmãos e Irmãs no Senhor,
Paz e Bem!
Já ecoa pelos "telhados" esta notícia:
"As Irmãs Clarissas de Mossoró/RN preparam com régua e compasso show com Padre Zezinho, SCJ no Porcino Park Center, dia 22 de setembro.
O evento é beneficente e o que for arrecadado será revertido para reforma e restauração do Mosteiro Fraternidade São Francisco de Assis. Imperdível!".
Nossa gratidão a todos e a todas que se fazem nossos "porta-vozes" e que colaboram conosco para a organização deste evento
e ao próprio Padre Zezinho, SCJ que se dispos a nos ajudar.
Na medida do possível vamos informando dos preparativos.
Em louvor de Cristo!
Amém."

Para mais informações:Clique aqui

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Campanha Missão Popular do Clube dos Sócios

Postagem a pedido do pessoal da TV Aparecida, que evangeliza através dos meios de comunicação.



Pensando em fortificar cada vez mais a fé Mariana e partilhar o anúncio do evangelho, o Clube dos Sócios da Rádio Aparecida lança a Campanha Missão Popular, desenvolvida com muito carinho.

Uma santa missão evangelizadora que tem por objetivo o fortalecimento de nossa fé, nossa aproximação com os irmãos na comunidade.

O representante recebe a capela com a imagem agraciada de Nossa Senhora Aparecida, onde serão organizadas visitas ás famílias e a todos que desejarem receber a graça da visita. Com a ajuda dos fiéis diversos lugares de todo o Brasil são visitados .

Padre Mauro Vilela firmou o convite feito aos representantes: “Você que é Representante mais uma vez é convidado a abraçar esta causa do Clube dos Sócios, levar o evangelho, a mensagem de Jesus, a devoção a Nossa Senhora e o sentido de viver e crescer em comunidade para o grupo de seus Associados”.

E nesta união de fé, durante nove dias são realizados cantos de louvores, procissão com a Imagem Peregrina, reflexão da palavra de Deus e a vivência do evangelho na comunidade.

Dom Raymundo Cardeal Damasceno, arcebispo de Aparecida falou sobre a Campanha: “Ao levarmos a Missão Popular em diversos lugares, nós estamos levando com a missão a palavra de Deus e despertando a responsabilidade missionária de todo cristão.
Maria foi a primeira discípula e missionária de Jesus e seguir seu exemplo nos faz tornar cada vez mais discípulos e missionários de seu filho Jesus.
Com esta campanha e com a participação de todos poderemos levar o evangelho a muito mais pessoas e a lugares cada vez mais distantes do nosso Brasil”.

É neste compromisso de fé, no intuito de aumentar e despertar a devoção, que a Rádio Aparecida completa 61 anos e procura melhorar cada dia mais.
Levar o amor através de ações como a Campanha Missão Popular, é ajudar ao próximo, fortalecendo assim, o vínculo de união entre todos.

Para mais informações, clique:

http://www.a12.com/clube/missaopopular.asp


Sabrina Espíndola
Rede Aparecida de Comunicação

terça-feira, 24 de julho de 2012

História da Música Popular Religiosa e Católica no Brasil

Foi nos anos 60 que a música popular religiosa começava a ganhar forma no Brasil. Anterior a esta década, não há nenhum registro de quaisquer outras gravações.

Muito antes do filme "Mudança de Hábito" nos anos 90, em que um grupo de freiras transformavam o convento em um grande coral, uma irmandade do interior de São Paulo as "Missionárias de Jesus Crucificado" lançavam em 1963 o seu primeiro LP, intitulado "Missionárias em LP" com selo da própria irmandade, com músicas compostas pelas próprias irmãs e feito sob encomenda pela Cia Industrial de Discos no RJ.






















As irmãs foram pioneiras em uma época em que freiras gravarem um disco era um ato altamente criticado, inaceitável. E o mercado para a música religiosa era muito restrito.
O primeiro disco foi tão bem aceito, que em 1964 veio o LP "Quando canta o coração" que seguia o ritmo da MPB e a movimento da Jovem Guarda da época. Uma canção em especial neste disco composta pelas irmãs, virou um hino de bondade até hoje: "Um pouco de perfume":

"Fica sempre, um pouco de perfume nas mãos que oferecem rosas,
nas mãos que sabem ser generosas..."



Nesta mesma época o ministro David Wayne Smith da Igreja Presbiteriana do Estados Unidos, vem ao Brasil como missionário e tendo se instalado no convento das MJC, conhece o trabalho musical das irmãs e as convencem a gravar um LP com versões em inglês de suas canções com a participação do ministro americano: é lançado o LP "When the heart sings" (Quando canta o coração), no Brasil e nos Estados Unidos, também em 64.


Capa brasileira


Capa americana

Em 1965 veio o disco "Felicidade Chegou"; e quase 13 anos depois o último LP "Alegrai-vos no Senhor" pela Sono-Viso, em comemoração aos 50 anos da irmandade no Brasil.



As mensagens de paz, caridade e otimismo foram a marca registrada pelas MJCs em suas canções, tudo isso com uma pitada de muita alegria e animação.

Para ouvir ou baixar as canções no site das irmãs entre no site aqui.


Só então, em 1965, que as Edições Paulinas alugam estúdio em São Paulo e gravam compactos comemorativos para o dia das mães e dia dos pais etc... Wilma Camargo era a compositora, cantora e fazia os arranjos dos compactos.


Compactos de Wilma Camargo


Marion e Wilma Camargo em "Canção do Amor"






















Em 1967, Pe. Zezinho, depois de ter sido ordenado em 1966 nos EUA, vem para o Brasil e muda completamente a forma de se conduzir uma missa, compondo e introduzindo instrumentos elétricos, atraindo multidões... principalmente os jovens, pois falava a linguagem que os jovens da época entendiam. Alguma coisa muito boa acontecia na Paróquia São Judas Tadeu na capital São Paulo.
Grava pela "Congregação do Sagrado Coração de Jesus", que é sua congregação, os seus primeiros discos, sob encomenda da RCA Victor.


Capa de "O Cristo Inconstante" 1969 pela RCA.

Em 1968, o paraguaio Padre Irala, grava o seu primeiro LP pelas Edições Paulinas "Juventude e Alegria" e seu primeiro compacto "Irala Canta" que eternizou a "Oração de São Francisco".





À partir de 1970, eram compostas e gravadas em compactos, canções feitas especialmente para as Campanhas da Fraternidade, pela CNBB.


Em 1970, Padre Zezinho grava seu primeiro compacto "Canção da Amizade" pelas Edições Paulinas. Antes desse lançamento, P. Zezinho já tinha composto um compacto duplo para o Irala: "Transpondo Fronteiras".



Daí em diante Pe. Zezinho se torna o artista de maior visibilidade da editora e da Música Católica, lançando muitos compactos, discos de mensagens para jovens e livros às dezenas. Só em 1972 lança o primeiro LP com 12 canções "Estou pensando em Deus" cuja capa não possuía o nome do autor e nem mesmo o título; apenas a imagem de um jovem padre emitindo ondas de sua mente para o mundo. E foi exatamente isto que aconteceu... o mundo conheceu suas canções.



São quase duas centenas de discos catalogados, quase 100 livros e projetos de bandas a quem formou, compôs e produziu. Influênciou e influencia todos os cantores que surgiram depois dele: católicos ou evangélicos.
Padre Zezinho grava seus CDs até hoje com as Edições Paulinas; mas nesses quase 50 anos, houve exceções em que o autor gravou em outras editoras ou gravadoras; quando seu trabalho não é aceito na Paulinas, ele tem a liberdade de publicar em outros meios: Nos anos 70 gravou alguns discos pela Sono-Viso no RJ (que fechou nos anos 90), e nos anos 2000 pela Procade no sul do Brasil. Já publicou livros pelas editoras Paulus, Santuário e Loyola.

Também no início dos anos 70, a Irmã Miria Therezinha Kolling ICM, mais precisamente em 1971, grava o compacto "Missa da Amizade" nas Edições Paulinas. A curiosidade é que a irmã não canta em seus discos, apesar de compor letras e músicas.
A irmã Míria compôs dezenas de compactos para os missários de "O Domingo". Gravou discos pela Sono-Viso, e sua gravadora atual é a Editora Paulus.




Em 1972, Pe. Zezinho revela Silvio Brito que lança o primeiro compacto: "Muito prazer, Jesus Cristo"... na contracapa uma mensagem do P. Zezinho: “Achei que um jovem que domina 10 instrumentos, compõe, e procura viver o que anda cantando devia receber um púlpito. Trouxe-o para vocês”, apadrinha o religioso.




1973 - Silvio Brito e os Apaches em compacto de Neimar de Barros, "Deus Negro" inspirado no livro de mesmo nome.






















1973 - Por Um Amor Maior





















Em 1975, o já apresentador de telejornal Cid Moreira, grava o seu primeiro compacto "Desiderata", pela Som Livre (Sigla). Em 1977, grava seu primeiro LP pelas Edições Paulinas "Oração da Minha Vida", com textos do Pe. Orlando Gambi.
Conhecido por ter uma voz bela e potente, o apresentador gravou muitos discos no segmento religioso: versões do Antigo e do Novo Testamento, Salmos etc.









Em 1976, surge Pe. Jonas Abib com suas primeiras canções para os grupos da Renovação Católica Carismática e o primeiro LP: "Canções Latino Americanas para orar no Espírito". Em 1977, veio o primeiro disco solo "O amor vencerá", ambos gravados nas Edições Paulinas. Mais tarde ele dedicaria seu tempo ao projeto "Canção Nova", que hoje é uma grande rede de rádio e TV.

1976 - Pe. Jonas Abib e Conj. vocal EDYPAUL
























 1976 - "Canções Para Orar no Espírito volume 1" - Com Titulares do Ritmo e Grupo EDYPAUL
 





















 1976 - "Canções Para Orar no Espírito volume 2" - Com Pe. Jonas Abib, Titulares do Ritmo e Grupo EDYPAUL






















1976 - Verso de "O amor Vencerá" com texto de apresentação escrito por Padre Zezinho.





















Com cada vez mais força no mercado, as Edições Paulinas lançam muitos LPs celebrativos entre 76 e 1990, com diversos nomes, que mais tarde se tornariam importantes para a MPB.
Em quase todos estes discos celebrativos lá estavam eles: Astúlio Nunes, Reynaldo, Jessé (que mais tarde, em 80, ganharia o Festival MPB Shell de melhor intérprete), Regina Carvalho, Antonio Cardoso, Nairzinha... pessoas que não estavam na mídia, mas que tinham talento e vozes espetaculares, e o coral Canarinhos Liceanos.

Capa de 1976 - Reynaldo Cominato "Bom dia, meu amigo": Segundo informações da internet, cantor teria morrido por câncer, na década de 90.





Astúlio Nunes

Capa de 1980 - "Caminheiro": disco fantástico com muitas composições do Frei Luiz Turra, nas vozes de Reynaldo, Astúlio, Regina e Tuca
Em 1981 é gravada a música "A barca", composição de Cesario Gabarain nas vozes de Astúlio Nunes e Cidinha Olivetti, em um compacto duplo de mesmo nome.





Em 1983, Astúlio Nunes grava a primeira versão do clássico "Senhor Fazei de Mim Um Instrumento de Vossa Paz", canção essa que já teve dezenas de versões.





















Entre 1982 e 1983, o Padre Antonio Maria grava seus dois primeiros LPs: "A Esperança tem voz" e "Tempo de Paz". Após estes trabalhos pelas Edições Paulinas, ele passa a gravar em outras editoras os seus discos solos.


Em 1984 é lançado pela Emaús Discos o primeiro LP "Louvemos o Senhor", projeto idealizado por Kater, embalado pela RCC. Os vários volumes que se seguiram, tiveram a participação e a revelação de muitos cantores como: Maria do Rosário, Pe. Joãozinho, scj, e alguns Lps tiveram a participação do Pe. Antonio Maria. O sucesso foi tanto que virou programa de TV e um livro de músicas usadas em celebrações. Louvemos o Senhor é exibido até hoje na TV Século 21.



 Louvemos O Senhor Volume 8






















Em 1985 a banda Agnus Dei, lança o seu primeiro LP.

1990 - Sem mídia e sem marketing, mas com talento, a canção "Oração pela Família" no lado B do disco "Sol Nascente, Sol Poente" do Pe. Zezinho vende mais de um milhão de cópias, e é disco de diamante. Um feito inédito na música religiosa no Brasil. Durante anos ele negou o direito de gravação desta música para outros cantores, inclusive Roberto Carlos.



Nos anos 90 há uma prolongada escassez de novos talentos na música católica. Mas ainda assim, surgem algumas boas bandas e bons cantores.

O cantor brasiliense Jonny, grava seu primeiro disco em 1994.



Em 1995, a banda Rosa de Saron lança o seu primeiro LP "Diante da Cruz" com selo independente.
A banda formou-se em 1988, com o movimento da Renovação Carismática Católica, no interior de São Paulo. Segue o ritmo do rock. Tiveram muitas formações; a formação atual os tornaram conhecidos em todo o país, e rendeu vários prêmios ao grupo.



Pe. Zezinho cria o grupo Cantores de Deus em 1995, grupo que o acompanhava em seus shows pelo Brasil e os colocava para cantar em quase todos seus CDs seguintes.
Só em 1998, os Cantores de Deus lançaram o primeiro CD: "Em verso e em canção" totalmente produzido pelo Pe. Zezinho - letras e músicas - o sucesso foi tanto que o grupo gravou uma versão em espanhol do CD "En verso y en canción" viajando mundo afora. A primeira formação do grupo agradou a todos; os dois primeiros CDs foram disco de ouro. Infelizmente membros foram deixando o grupo, e da formação original, apenas duas cantoras permanecem até hoje.



1997 - Ex-aluno de P. Zezinho no seminário, Fábio de Melo grava seu primeiro CD nas Edições Paulinas.



No fim dos anos 90, uma paróquia na capital paulista chama a atenção da grande mídia pela quantidade de pessoas que se apertavam para tentar assistir a "missa show" do padre que era um verdadeiro animador: Marcelo Rossi. Ele utilizava danças, coreografias, e sua banda fazia um apanhado geral de músicas antigas dos movimentos da RCC e até músicas evangélicas entravam no repertório. Marcelo Rossi não canta nem compõe.
A mídia o fez superestar da noite para o dia. Em pouco tempo já estava em todos os programas de televisão e rádio, suas canções tocavam até mesmo em boates e danceterias; os templos ficavam pequenos demais pela quantidade de pessoas que vinham de todos os lugares para vê-lo. A superexposição do Padre foi altamente criticada por alguns setores da própria Igreja Católica e pequenos grupos de outras religiões, sentiam-se ofendidos por ver um padre católico utilizando algumas de suas canções. O que o fez dar um tempo da grande mídia.
Mesmo com tanta polêmica sobre dançar ou não numa celebração, cantar ou não músicas de outras igrejas, o primeiro CD "Músicas para louvar o Senhor" de 1998, vendeu mais de 3 milhões de cópias: o resultado disso foram 3 discos de diamante.



Por aqui eu termino essa história. Sei que muita coisa surgiu depois de 1998, e muita coisa mudou, e meu conhecimento não é tanto de lá para cá. Meu objetivo foi mostar que houve muita gente boa e talentosa que lutou pela música religiosa católica, antes da mídia criar superastros, como se esse movimento tivesse começado ontem.
Se me esqueci de alguém, peço desculpas. Sugestões são benvindas nos comentários.

Veja também: Outros discos importantes para a música católica.