sábado, 22 de maio de 2010

De Volta Ao Catolicismo

DE VOLTA AO CATOLICISMO


Nunca vi Deus, mas escrevo sobre Ele e sobre quem o procura. Viso o leitor que lê pouco sobre assuntos de religião. Comento o que se diz sobre Ele e o que dizem que Ele disse. Falo dos que garantem ter tido uma experiência pessoal da presença dele. Falo sobre nossa igreja e outras igrejas, pregadores e fiéis. Escrevo sobre cátedras púlpitos, romeiros, telespectadores e ouvintes. Percebo com que sofreguidão milhões de pessoas procuram Deus. E vão buscá-lo no sermão do seu padre ou pastor preferido. Muitos o procuram em livros. Acabo de publicar mais um pelas Edições Paulinas. Tem 600 páginas e chama-se “De Volta ao Catolicismo; Subsídios para uma Catequese de Atitudes.”.



Permitam-me que fale dele! Para minha alegria, a primeira edição esgotou em um mês. Alguém comprou, alguém viu na Internet, um contou para o outro, houve quem comprasse trinta para os catequistas da paróquia, uma emissora de rádio deu um a cada funcionário, uma dona de loja o deu de presente os católicos. De um colega sacerdote ouvi que ele via no livro o esforço de um colega que persegue há anos “a palavra certa, do jeito certo, na hora certa e para a pessoa certa”. Fazia menção a uma canção que compus há vinte anos atrás. Desta vez foram dezesseis anos acumulando dados e dois para escrevê-lo. Podem crer que houve muitas noites em claro! Os livros que li eram empolgantes. Eu queria que o meu fosse assim. Comecei-o em l994.

Não é um livro excepcional. Há melhores e mais profundos na mesma editora. E os há em profusão nas livrarias do mundo. Na verdade, os livros que consultei eram todos melhores do que as páginas que acabo de publicar. Então, porque gastei tanto tempo para escrever uma obra que não é a melhor do gênero?



Digo-o em três adjetivos: “Informativo”, “acessível”, “questionador”. Notei que os livros que li até o fim tinham esta característica. Tenho por hábito ao folhear um livro novo, olhar o índice, as primeiras introduções, as páginas centrais e os últimos capítulos. Sei de muitos leitores que fazem o mesmo. Então decidi escrever com títulos e subtítulos, letras grandes, manchetes jornalísticas, textos pequenos de 20 linhas, a respeito do que andam dizendo sobre e contra nós, católicos.



Segui o número 229 do Documento de Aparecida. Ele propõe que, sem perder as boas maneiras, nós católicos não deixemos nada sem resposta. Propõe uma volta á apologética. Sabemos no quê, em quem e por que acreditamos. Se os outros sabem e proclamam, nós também sabemos e proclamamos, na maioria dos casos, há muito mais tempo. Queremos ser católicos situados, e não católicos sitiados. Sabemos o que queremos.

Faz bem ao escritor ao sair da missa e no metrô, ver seu livro na mão de pessoas que o procuraram por recomendação de amigos e agora o recomendam a outros. Valeram os cansaços. Deus seja louvado! Quero católicos que, questionados, saibam explicar e sem gaguejar, porque e no que acreditam. Meu livro tem esta intenção. Não é nem pretende ser perfeito. Aceito críticas e correções.


Pe. ZEZINHO, scj

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