Padre Zezinho era ainda menino quando enveredou pelo campos da poesia; No seminário compôs até um poema épico. Os versos brotavam-lhe facilmente, as pessoas os declamavam, encantadas. Eram ensaios para o que viria depois. E o que veio depois foi uma longa série de livros, o primeiro foi publicado quando já era padre, em 1970, na mesma época em que lançou o primeiro disco. Entregou-se em seguida à tarefa de escrever um catecismo para os jovens de sua paróquia. Eram apostilas de cunho didático, que acabaram por chamar a atenção de um número crescente de pessoas. Lançado sob a forma de livro, Alicerce para um mundo novo transformou-se num espetacular best-seller, presente nas livrarias por mais de 15 anos. Foi retirado de circulação a seu pedido. Ele sempre revê sua linguagem.
Começou então a escrever livros vivenciais. Diga ao mundo que sou jovem, O agitado coração adolescente, A paz inquieta de Maria Helena, Um coração que seja puro, O direito de ser jovem — são de quarenta títulos só de uma coleção que enfoca os dramas da adolescência e apresenta os princípios de vida moral e a catequese da Igreja; outros vinte discutem vários temas de interesse geral para a família. Muita gente pode dizer que se educou, e educou seus filhos, nos livros de padre Zezinho.
O sucesso, como sempre, rompeu fronteiras. Os livros foram publicados na Colômbia, Vene zuela, Argentina, Portugal, Espanha, Estados Unidos, França. Um sinal inequívoco de que seus temas tocam o coração do homem de hoje, esteja onde estiver.
Os anos de sacerdócio, o convívio intenso com pessoas de todas as idades e grupos sociais e o interesse de ouvir e compreender o outro talvez expliquem tamanha facilidade para falar sobre as dúvidas e as inquietações do homem moderno.
-
As obras nascem quase que espontaneamente, de onde menos se espera: às vezes uma frase solta, um verso perdido podem dar origem a um livro; às vezes, surge primeiro o título, e em função dele desenvolve-se o conteúdo. Mas se a inspiração vem rápida, o trabalho sobre ela pode demorar: a ideia inicial do livro Orar e pensar como família nasceu juntamente com a canção Oração pela família mas a obra só foi concluída nove anos depois. O livro Católicos serenos e felizes - elaborado a partir do desejo de escrever sobre um catolicismo sereno, equilibrado — levou quinze anos para ser escrito.
Em pouco tempo, as atividades de escritor dês dobraram-se. Surgiram as crónicas, as colunas em jornais e revistas, os roteiros para programas de rádio. Ao mesmo tempo, continuavam as exigências da vida religiosa e de seus incontáveis compromissos. Assoberbado, padre Zezinho parou de escrever livros por cinco anos.
Foi uma pausa, não um fim ou um distanciamento do ofício. Durante esse período, ele revelou muitos outros escritores: cerca de dez novos e jovens talentos foram descobertos por ele - gente como Carlos Afonso Schmidt edom Murilo Krieger, arcebispo de Maringá, entre outros.
Hoje, Padre Zezinho retomou seus projetos editoriais, serão no total, 88 livros lançados até o fim de 2009. Ele, mais do que ninguém, sabe que escrever é semear. Entre o leitor e o livro há uma intimidade única, uma relação de intensidade especial. Por isso, são tão bem-vindas suas obras: porque são capazes; como poucas, de formar e transformar.
Nenhum comentário:
Postar um comentário