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Todo aquele que ensina sabe que não há maior ato de doação que transmitir conhecimento, e essa foi mais uma das incumbências a que padre Zezinho se lançou. Corria o ano de 1980 quando seus superiores lhe pediram que criasse uma cadeira de comunicação no Instituto Teológico do Sagrado Coração de Jesus, de Taubaté. Não havia nada semelhante em nenhum seminário brasileiro; tratava-se de planejar, organizar e ministrar um curso que mostrasse aos seminaristas os diversos meios para levar ao povo as palavras de Igreja Católica e lhes ensinasse e lidar com eles de forma eficiente.
Aos 21 anos, com jovens do clube vocacional fundado por ele.
À essa época, padre Zezinho já tinha vasta experiência. Movia-se com sucesso em todas as frentes de comunicação: rádio, discos, jornais, televisão, revistas e teatro. Alem disso, seus estudos de psicopedagogia e o fato de ter viajado pelo mundo davam-lhe respaldo teórico e prático para assumir a nova empreitada.
E ele o fez, com dedicação extrema, como sempre. A cadeira chamou-se Crítica e Prática da Comunicação na Igreja, e procurava fazer com que os alunos refletissem criticamente sobre as formas pelas quais o mundo e a igreja se comunicam. Distinguindo aquilo que poderia ser melhorado daquilo que deveria ser abandonado. Assim as aulas teóricas abrangiam filosofia, pedagogia, teoria da comunicação; a parte pratica desvendava aos jovens o segredo do vídeo, do rádio, do jornalismo. Sua idéia, mais uma vez, era revolucionaria: o objetivo era convencer o aluno a se tornar um padre radialista e jornalista, ou, ao menos, a reconhecer o poder dos meios de comunicação e usa-los com competência para divulgar a mensagem católica.
Com quatro seminaristas: todos optaram pela vida religiosa
É importante lembrar que todo padre é, antes de tudo, um pregador. Hoje, o curso idealizado por padre Zezinho, que ainda ministra dois meses de aulas anuías, continua a formar com muito êxito seus pregadores. É motivo de grande orgulho: ele, que há anos tem sido o grande mensageiro de Cristo, vê seu trabalho frutificar, numa eterna reafirmação de confiança no amor divino e na capacidade humana de merecê-lo.
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