sábado, 21 de março de 2009

Biografia - Parte 7 Ele Por Ele

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“Vivo a tortura da linguagem: busco a palavra certa, do jeito, na hora certa, para a pessoa certa. Se alguém quiser me propor um novo vocábulo, vai ter de me convencer disso porque ao escrever o que escolhi eu já o tinha escolhido e pensado.”



“Você pode beber de lados diferentes do rio, mas acaba bebendo a mesma água. O Deus que me faz feliz, faz feliz ao outro também: o sol que brilha no meu quintal, brilha no do outro também. Deus é aberto, nós é que o fechamos. Pregadores da fé, às vezes, são homens tolos, acham que só eles enxergam e amam direito.”

“Tenho enorme amor pela congregação de sacerdotes que me acolheu, os padres dehorianos. Nosso fundador foi padre Leão Dehon, sociólogo, ativista político. O coração de Jesus era para ele o modelo de uma sociedade justa e solidária. Isso foi há 130 anos, ele estava um século a frente de seu tempo. Ele nunca teve medo de fazer política, mas nem por isso perdeu a fé e a ternura.”




“Não sou importante. Sou apenas um sacerdote-cantor religioso chamado a jogar um pouco de poesia e arte no caminhar do povo e a incentivar os outros cantores a fazer o mesmo.”

“Fazer duas mil canções em 45 anos não é difícil. Difícil é não cair no obvio. Mas aí entra a fé: eu acho que foi Deus quem me soprou duas mil vezes e sempre de um jeito diferente. Eu só registrei o sopro dele, passando noites sem dormir e trabalhando duro.”




“Sou o que sou, apenas um padre que canta. Sou um cantor de porta de igreja, que mais para fora que para dentro, ou seja, faço mais música de mensagem que litúrgica. Porque fazer música religiosa não é só dizer amém e aleluia, mas sim falar das coisas da terra e do céu.”




“Em cada letra minha, há um objetivo: eu quero atingir o individuo para que se converta. Quero atingir a comunidade para que se conscientize e quero fazer uma proposta moral sem ser moralista.”




“Não sou padre porque canto; canto porque sou padre. É um dos serviços do padre, quando o povo sabe que ele canta bem, ou gosta de ouvi-lo cantar. Mas de tivesse de escolher entre cantar e ser padre, pararia de cantar no minuto seguinte. Não pedi, nem peço e nem me ofereço para cantar, canto porque o povo de Deus me pede para cantar.”




“Missa é Missa, show é show. Na missa sou o presidente da assembléia: que os outros cantam. No show, sou artista e maestro de um espetáculo de fé e de musicas sacras que considero um evento cultural da mais alta importância. Levo a música religiosa a serio,”




“Sou um acidente que deu certo. Eu queria ser padre de paróquia e Deus disse que me queria padre cantor, escritor, compositor, radialista, produtor de discos, filmes e mais e mais e mais... Nunca planejei nem em sonhos essa missão que tenho. Eu queria uma paróquia de dez mil habitantes e Ele me fez viajar por 40 países e cantar para mais de 200 milhões de pessoas.”




“Exijo para os cantores da religião o mesmo respeito que os organizadores e empresários demonstram pelos cantores de outras músicas. Quero o mesmo palco, o mesmo som e as mesmas luzes que os outros usam. Quero até mais, porque para Deus a gente faz e dá o melhor.”




“Não sou contra os grandes aviões. Só acho que avião pequeno também chega. Demora mais, mas chega. As grandes companhias de música e os grandes canais de televisão são para mim como enormes e poderosas aeronaves que poderiam me levar a Hong Kong ou à lua. Mas eu prefiro comprar meu bilhete e dizer até onde eu quero ir.”




“Salmista foi Davi e foram os filhos de Coré. Salmista é o Zé Vicente. Eu sou um fazedor de canções que ajudam a pensar a fé. Escrevo 20% para o coração e 80% para a cabeça do povo. Sou mais um catequista que um salmista.”

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